terça-feira, 24 de junho de 2014

As coisas simples da vida.

Coisas simples, doces, ternas
O perfume de uma flor, o canto de um pássaro
Uma fria manhã de chuva
Um doce por do sol

O sorriso de uma criança que descobre uma borboleta
Um abraço amigo na hora da dor
O alívio de um parto
A brisa suave que refresca do calor

Chocolate quente no inverno
Um bom sorvete no verão
Simples prazeres da vida
Doces como uma ilusão

Onde andam as coisas simples?
Meus pés não encontram a areia branca da praia
Meu sorriso se fechou como uma manhã cinza
O doce ficou amargo

A dor é um prazer insano
É o vício de ser mundano
A dor encobre a magia da vida
Apaga a beleza das coisas simples

Procuro um instante de felicidade
Uma rosa que desabrocha diante dos olhos
Uma jovem gaivota em seu primeiro voo
Um doce fruto colhido do pé pelas mãos de um amado

Doces perfumes, gentis risadas
Um jogo de poker, uma piada sem graça
Rir de si mesmo, fazer pirraça
Ser vivo mesmo perante uma desgraça

É possível estar morto estando vivo?
É possível não sentir o cheiro das rosas?
É possível perder-se dentro de si mesmo?
É possível encontrar sentido na vida?

Do simples me alimento
Sentar no chão, comer com a mão
Perseguir um passarinho
Se fazer de bobo no meio da multidão

Busco o ar que me faz respirar
Das coisas simples que me fazem sorrir
Da brisa do mar que canta para me acalmar
Da busca infinita daquilo que me faz feliz

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