quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Afinal, fim das eleições.

Chegamos ao fim de mais uma eleição. Eleicao esta que abusou do direito de ridicularizar a nossa política. Vi, ao longo dos últimos meses, um excessivo romance, uma certa idolatria e um excessivo espetáculo terrorista.

Nas redes sociais, enxurradas de posts de denúncias, ora falsas, ora verdadeiras. Diariamente, 10, 15, 20 publicações e uma imensidão de exageros, tanto na tentativa de exaltar um lado, como na tentativa de execrar o outro. Me senti no meio de um campo de futebol cheio de torcedores fanáticos.

A política nunca foi tão pobre, tão relegada a fantasias. Amor e ódio tomaram o lugar de ideias. Transformaram os candidatos em heróis e vilões. De parte à parte, podemos observar o quão infantil e ideologicamente fraca esta nossa postura política. Onde estão os projetos? Onde estão os argumentos?

Sim, todo e qualquer governo tem suas virtudes e seus defeitos. Todos eles, sem exceção, trazem benefícios para uns e malefícios para outros. Uma balança não se equilibra apenas de virtudes, mas também de falhas. Mas o benefício que se tem é obrigação de cada governante. Não devo nada à ninguém, que não a mim mesma. Sou eu que defino as metas que quero cumprir para o meu futuro, não são os governantes "bonzinhos" que me impulsionam.

Nem Aécio, nem Dilma, nem Marina, nem Luciana não representam a grandeza deste país. Quem representa sou eu e você. Somos nós como um todo. Não uma mísera parte que enche seus próprios cofres e se enche do poder que nós lhe damos. Que legado VOCÊ quer deixar para o país? O legado de um bom pai, filho, amigo? Uma pessoa digna que se orgulha do trabalho que exerce, que faz com amor, apesar das duras fases da vida?

Não importa quem venceu. Quem faz a política diária somos nós. Quem detém o poder maior de mudança é o povo. E quando o povo percebe isso, grandes transformações são possíveis. Mas o povo são todos. Pobres, ricos, empresários, garis, professores, alunos, indigentes e milionários. Somos todos gente e somos todos nação. Sulistas, nortistas, nordestinos, sudoestinos, de ponta a ponta. Somos todos Brasil. Somos uma nação heterogenia que não aprendeu a se unificar.

E não aprendeu que política não se faz com palavras bonitas e nem pseudo ações paliativas. Se faz com cobranças de atitudes, com a luta pela honestidade e pela clareza das ações dos nossos governantes. Governantes estes que são os nossos empregados, não os nossos patrões. Sejam eles de que partido forem. Ou a qual legenda respondem. Seja de qual R, S, V, T ou D que sucede ao P. "P" este que antes de ser "partido" é "povo".

Ainda há tempo de sermos políticos. Respeitemos as diferenças, pois nelas se encontram o diálogo. Sem diálogo, não há crescimento. Não existe "certo" ou "errado". Existem posturas diferentes que, se forem bem aproveitadas, geram grandes mudanças e boas ideias.

Não façam oposição por oposição. Todos queremos um único bem, que é o crescimento da nação.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Vulcão da alma

Mais uma vez ele surge
Aquele ímpeto, aquela ânsia
Explode como um vulcão de dentro para fora
Queima tudo ao redor

Surge inexplicável
Pulsação acelerada, tremor de mãos
Vontade de correr, vontade de morrer
Explode num simples ato destrutivo

Fica a dor, a vergonha
Ficam as marcas no corpo
A lava que escorre lenta
E o vulcão que adormece

Passa o dia, chega a noite
Fantasmas que rodeiam meu quarto
O lunático na minha cabeça
Só, o vulcão acorda

Devastação
Alma em conflito
Explosão
Dor e confusão

O vulcão não cessa
Apenas adormece
Guardando em si a violência
Que espera ser mais uma vez liberta