quarta-feira, 25 de maio de 2011

Orgulho de ser Nerd.

No passado eu me sentia meio outside. Achava que tinha de fazer um upgrade na minha imagem pra me encaixar aos demais. Navegando pelos sitios da imaginação, me via com muitos gigabytes de potência no meu HD interno, mas parecia que precisava de uma nova placa de video para externalizar toda a capacidade deste CPU. Depois de algumas atualizações no sistema, fui percebendo que não adianta ficar floodando por aí. É preciso mostrar conteúdo e selecionar bem os downloads que faremos na nossa vida. Até porque corremos o risco de pegar alguns bugs se nos relacionamos com sites pouco confiáveis.

Nos ups and downs da vida, o importante é sermos fiés às nossas configurações originais. Se por algum motivo formos pelo caminho errado, ainda podemos fazer um backup do sistema, pois as informações mais valiosas estão salvas e não podem ser deletadas. Se a coisa está lenta demais, podemos pedir ajuda ao gerenciador da nossa mente que irá nos mostrar quem está usando mais da capacidade do nosso organismo e nos ajudar a finalizar aqueles processos que não estão respondendo corretamente.

O certo é que a comunidade precisa de gente como nós, moderadores da informação, para repassar as utilidades e também as inutilidades deste mundo real que é por vezes tão virtual. Entre twetts e blogs, alterando o layout do universo.

Qualquer dúvida sobre o conteúdo deste post, favor reiniciar o sistema!!!

sábado, 21 de maio de 2011

O Dia em que o Mundo Não Acabou.

21 de maio de 2011, o dia em que o mundo não acabou. Harold Camping, um popular "John Doe", alardeou mundo afora que às 18 horas do dia 21 de maio de 2011 o mundo iria perecer, que as boas almas seriam levadas ao céu e que as demais permaneceriam vivas para sofrer todos os eventos apocalípticos que poriam fim a este planeta. Bom, devem haver bem poucas almas realmente boas, pois não se ouviu falar de nenhuma morte em massa de cidadãos em parte alguma deste mundo. Ou então o nosso ilustríssimo Camping apenas queria os tão sonhados 15 minutos de fama que tantos seres almejam nesta vida.

O mundo não acabou de novo. Boatos de fim do mundo não são raros. Diziam que em 1964 o mundo acabaria e que os negros iriam virar macacos. Um boato extremamente racista, diga-se de passagem. O ano 2000 também trouxe uma onda de falsas previsões apocalípticas. O boato ganhou força pelo não revelado 3º segredo da Virgem de Fátima aos três pastores da referida cidade no dia 13 de maio de 1917. Aliás esta não foi a unica vez que o nome da mãe de Jesus foi citado para tentar justificar o fim do mundo. Diziam muitos que, ao ver seu filho sendo crucificado, Maria teria agarrado dois punhados de areia e em meio a dor de ver o filho morto teria jogado a terra ao chão. O primeiro punhado se referia aos primeiro 1000 anos após o nascimento de Jesus e o segundo punhado seria referente aos 2000. Os dizeres seriam: "de mil passou, mas de dois mil não passará". Me corrijam se eu estiver errada, mas se o mundo acabou eu não percebi. Aliás, muito me intriga a referência do punhado de areia. Quem teria sido o "Rain Man" que teria contado 2000 grãos de areia nas mãos de Maria?

Interessante, eu e muitas outras pessoas já sobrevivemos a dois finais de mundo. Seja como for, ainda temos que conviver com os boatos de que em 21 de dezembro de 2012 o mundo encerrará seu ciclo. Só esperando para ver o que realmente acontecerá. Seja como for, o mundo continua a girar e nós temos que zelar por ele, pois se há alguém que representa algum perigo ao planeta somos nós seres humanos, com nossos hábitos destrutivos, predatórios e consumistas. A sombra do fim dos tempos paira na devastação da floresta amazônica, no aquecimento global, no buraco da camada de ozônio, na poluição do ar e das águas e no acúmulo de lixo neste planeta.

O apocalipse falhou, vamos voltar à realidade!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A Música e a Liberdade Sexual

No final dos anos 60, mais precisamente em1969 uma data bem sugestiva, era lançada uma canção que falava de amor e sexo chamada Je T'Aime... Moi Non Plus. Composta por Serge Gaingsburg e cantada em dueto por ele e sua amada Jane Birkin, a canção era uma narrativa do ato sexual com diálogos de amor e gemidos e sussurros. A canção havia sido escrita dois anos antes e a principio seria interpretada por Bigitte Bardot, ícone do cinema francês e símbolo sexual daquela geração. Mas Bardot achou a canção um pouco além dos limites da sensualidade e desistiu do projeto. A canção foi lançada e se tornou sucesso, embora tenha sofrido censura nas rádios naquela época.

Esta era a época do movimentos hippies, de paz e amor livre. Era de se esperar que uma canção ousada surgisse em meio a este movimento. Mas a sensualidade e mesmo a sexualidade da canção receberam um cuidado artístico. Melodicamente falando, a música traz uma linha bela, aguda e marcante. O texto é romantico, sem ser piegas nem se tornar vulgar. A construção musical como um todo a torna uma obra duradoura e icônica.

Nos dias atuais, os ideais de liberdade sexual tem-se confundido com promiscuidade. As canções tratam cada vez mais de temas sexuais, porém sem nenhum cuidado artístico. Existe uma tendência à vulgarização do ato sexual e a uma depreciação cada vez maior da figura feminina. Nos hits do momento, é comum ver as mulheres sendo denominadas de cachorra, rapariga, safada, etc. Enaltecem os atributos de nádegas e seios grandes e se utilizam de duplo sentidos nas mais pobres rimas que se possa imaginar.

A música serviu no passado para quebrar barreiras e tabus, falando francamente de assuntos polêmicos mas com objetivos artisticos. Nos dias atuais, a música é produto de consumação rápida e com um prazo de validade curto. É feita para ser consumida rapidamente e posteriormente ser descartada. Não há cuidado estético ou artístico. Não há levantamento de questões polêmicas que sirvam para gerar um debate acerca de questões morais, cívicas ou religiosas. Simplesmente se usa de uma combinação sonora e um texto pobre para vender o produto com uma embalagem chamativa, e quase sempre apelativa.

Mas será culpa que a culpa desta decadência se deve às revoluções sexuais das décadas de 60 e 70? Qual o limite entre a sensualidade / sexualidade e a vulgaridade?

Esta é uma linha tênue que deve ser tratada com cuidado especial. Nas artes este cuidado tem que ser redobrado, pois elas são formadoras de opinião. Acho importante que a música tenha sido uma porta para se discutirem questões sexuais, até porque são questões da natureza humana e devem ser exploradas na sociedade. Mas o sexo não se resume ao ato, nem tão pouco ao desejo carnal e instintivo dos seres vivos. Ele tem haver com relações humanas de afetividade e cumplicidade e, porque não, de religiosidade. Na Índia, o sexo é tido como arte que aproxima os seres vivos dos seres divinais. Se ensina a arte do prazer e do respeito mútuo.

Tantas outras canções exploraram a sexualidade sem que fosse preciso cair na leviandade. Não precisa ser apelativo para ser controverso. Não precisa ser depreciativo para ser rentável. Não se consegue ser artístico quando o único pensamento é mercadológico. É possível ser ousado sem ser apelativo ou vexatório.

Parceiro: Casa da Musika

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Obama vs. Osama

O mundo comemorou com festa a morte de um homem. Este homem foi responsável por tantas outras mortes no passado. Sob a falsa bandeira da religiosidade, alienou centenas de pessoas que deram suas vidas em prol de uma mentira. Um falso desejo de paz, uma falsa idéia de liberdade. Este homem foi capaz de deturpar as sagradas escrituras de seu povo para cumprir seu objetivo macabro de assassinar inocentes sem precisar ele próprio empunhar uma arma. Do outro lado temos um homem que virou herói antes mesmo de assumir o posto de líder. Mas esse herói mostrou-se humano demais e foi logo desacreditado. O povo buscava algo que aquele homem não podia dar: a solução para todos os problemas. Mas este homem viu-se ressurgindo das cinzas ao anunciar a morte do outro homem. Agora ele é São Jorge e, sem precisar empunhar uma arma, derrotou o dragão. Obama derrotou Osama, quase dez anos depois do grande massacre do World Trade Center. As luzes do Marco Zero estão mais brilhantes, iluminando os rostos dos que ali perderam seus pais, filhos, esposos e amigos. A marca negativa do Islã foi apagada, resta agora restaurar a confiança das pessoas perante os verdadeiros mulçumanos: aqueles que respeitam a vida. Cabe a Obama mais essa difícil tarefa, uma vez que ele é filho de cristãos e muçulmanos. O mundo respira aliviado, mas a semente do mal foi plantada muito profundamente para ser tão facilmente arrancada. Osama deixou súditos, fanáticos suicidas que desconhecem  a palavra Paz. No fim de tudo, não há vencedores. Deus chora por seus filhos que ainda não aprenderam a viver sem precisarem matar.