quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Futebol: Paixão Sangrenta

Um time cai, um outro ri. Pelo riso se morre. Se mata pelo orgulho ferido de um time de futebol em declínio. Não são raros os casos de brigas entre torcidas organizadas que acabam por gerar tragédias. Não entendo a violência, tampouco uma violência gratuita que gira em torno de uma instituição, de um clube.

Sim o futebol é uma paixão. Aliás, quem de nós torcedores nunca xingou o adversário ou o juiz no calor de uma partida. Xingamos até os nossos próprios jogadores e técnicos. Também nos alegra fazer piadas bem humoradas acerca dos nossos mais respeitáveis adversários. É apenas rivalidade, e é bom que ela exista. Porém, dentro dos limites da razão.

Mas quando a paixão se torna uma patologia, se morre e se mata por um escudo, uma bandeira, um hino, uma camisa. Covardemente, os fanáticos agridem-se uns aos outros com armas de fogo, armas brancas, chutes ou pontapés. Balas de revólver tiram vidas e destroem sonhos. Deixam pais em luto e crianças órfãs. Selvageria muitas vezes televisionada.

Me recordo de um confronto entre torcidas da esfera paulistana de futebol. O estádio depredado por vândalos e assassinos em potencial que, armados com os destroços das cadeiras, matavam uns aos outros com pauladas.Que tipo de amor doentio é esse? Por que matar alguém que você nunca viu na vida, por causa de um time de futebol?

O sofrimento pela queda, eliminação ou decadência de um time não deve estar acima do repeito à vida. Não é justo abreviar uma vida por causa de uma rixa entre torcidas. Deveríamos acabar com as torcidas organizadas antes que as mesmas sejam responsáveis pelo fim do futebol.

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