quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O Homossexualismo e a Intolerância.

Desde que pisamos neste universo e começamos a nos relacionar uns com os outros é muito provável que as relações entre seres do mesmo sexo já existissem. Ao passo em que os seres humanos iam se distinguindo dos demais animais, as relações afetivas foram adquirindo um carácter diferenciado que não se baseava apenas no sexo e necessidade de procriação. Da mesma forma, as relações homoafetivas foram se desenvolvendo na sociedade, porém abafada pelas regras impostas pelas normas e regimes na qual a sociedade firmou suas bases.

Foram necessários muitos séculos para que os homossexuais tivessem o direito de viverem sua orientação em sua plenitude. Ainda nos dias atuais prefere-se que os mesmos mantenham sigilo de suas ações. A hipocrisia faz com que muitos sequer liguem para a existência de gays ou lésbicas, desde que os mesmos não estejam inseridos em sua família e nem façam demonstração pública de afeto. O simples ato de beijar em público causa a revolta de muitos.

Alguns mantém dentro de si um grau tão elevado de intolerância que utilizam de violência física e/ou moral para tentar impor sua condição heterossexual aos demais integrantes da sociedade. Que dizer do tal estupro corretivo? Esta prática animalesca que visa por meio da violência sexual "curar" pessoas, mulheres preferencialmente, do homossexualismo. Que dizer também daqueles que simplesmente agridem verbal ou fisicamente um casal homoafetivo que está caminhando de mãos dadas numa rua?

Quando a intolerância vem de casa, uma situação que poderia ser facilmente discutida e entendida, pode ganhar ares de tragédia shakespeariana. Se as pessoas que compartilham o mesmo código genético e as mesmas memórias de vida não são capazes de tolerá-los, como podemos pedir que a sociedade como um todo  o faça? Sem apoio e muitas vezes sendo expulsos de casa, o caminho a seguir acaba por recair na prostituição.

Muitos são os que tentam "curar" o homossexualismo pela religião. Embora não consista na violência física ou moral, essa pratica é na verdade uma violência psicológica que tenta punir um suposto pecado e forçar o indivíduo a entender a sua própria natureza como sendo uma tentação demoníaca. Ao invés de "curado" o indivíduo fica reprimido. Suas funções biológicas continuam as mesmas, assim como seus desejos. Apenas os mesmos não são externados e são "controlados" por orações e penitências.

Só poderemos considerar a nossa sociedade como justa e igualitária quando a mesma for capaz de viver em harmonia com todas as suas diferenças, sejam elas de afetividade, religiosas, políticas, raciais, etc.

Nenhum comentário:

Postar um comentário