quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

De volta ao circo.

Mais um ano que se inicia com o espetáculo do mau gosto e da alienação sendo exibido no que antes era chamado de "cubo mágico" que é a nossa televisão. 11 anos se passaram e os mesmos personagens continuam a "abrilhantar" nossa telinha. O circo é o mesmo, assim como o enterteiner. O que muda são apenas algumas regras do "jogo" que no final pouco importam. O que vale mesmo se ocupar em arrumar picuinhas e ter o visual agradável aos olhos da curiosa população que sabe o que se passa a todo instante na tal casa, mas ignora por completo às ações de outra casa: a casa que comanda este imenso Titanic chamado Brasil. Vislumbrando a idéia de um dia ser "agraciado" com a participação no tal reality show, que poderia não dar-lhes o tão sonhado prêmio mas ao menos os daria os tais 15 minutos de fama, o povo assiste inerte ao desenrolar do "zoológico humano" sem se preocupar em utilizar-se deste tempo para beber um pouco da fonte inesgotável de cultura e conhecimento. Me faz lembrar de uma campanha que uma emissora de tv utilizava no meio da sua programação. Em meio a uma tela preta, surgia a frase; "Desligue a tv e vá ler um livro". Livros hoje estão cada vez mais se tornando artigos de museu. Não que seja errado que outras midias se encarreguem do papel que um dia pertenceu ao livro. Afinal, existe uma questão até de sustentabilidade em se trocar o uso do papel por livro virtuais, por exemplo. Mas o que preocupa é a falta de conteúdo, tanto na tv, como na internet. Voltando ao circo, bem me agradaria ver um verdadeiro espetáculo circense, com palhaço e malabaristas. Mas o circo que vemos hoje é no mais atual estilo romanico: um desprezível espetáculo onde, embora não haja matança de cristão, vemos morrer o pouco de dignidade que existia na televisão brasileira. Sei que toda fórmula de sucesso um dia se esgota. Só espero que não demorem mais 11 anos.

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