quarta-feira, 27 de julho de 2011

Aos 27

Eis então que mais um talento se perde em tão pouca idade. Nada de novo quando se refere ao vilão desta história. As drogas são responsáveis direta ou indiretamente pela perda de alguns dos mais promissores talentos e também dos ícones já consagrados. Ao ter notícia sobre a morte de Amy Winehouse houve um choque pela perda da artista, mas também a certeza de que era só uma questão de tempo até que tal tragédia ocorresse.

Tristes coincidências são percebidas no caso. Amy se foi aos 27 anos, assim como foram também Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morisson, Brian Jones e Kurt Cobain. Assim como Janis Joplin, a influencia artística maior de Amy Winehouse era o Jazz. Curioso também é o fato de que a mãe de Amy se chama Janis, assim como a cantora ícone da geração hippie.

A fama tão sonhado por muitos revela-se difícil demais de lidar. Anestesiar as emoções por meio de drogas lícitas ou ilícitas parece a única forma que os gênios mais sensíveis encontram para suportar as pressões impostas diante da responsabilidade de manter-se no topo. Jovens são atirados no olho do furacão e espera-se que eles consigam sair por sí sós do turbilhão em que se encontram. Alguns conseguem fazê-lo. Outros arrastam-se por anos até que a tragédia por fim aconteça. Muitos são os que sucumbem rapidamente como a  chama de um fósforo que apenas necessita de um leve sopro para se apagar.

Não há maldição de fato, nem tampouco conspiração. Morre-se aos 27 como aos 42 ou 51. A flor mais delicada do canteiro é a que menos resiste às tempestades. Assim como os mais frágeis seres humanos não resistem às pressões da fama e por fim perdem-se nas drogas, no alcool ou nas enfermidades da mente.

Que a jovem vida perdida sirva de alerta para as outras vidas que se seguem. Que a arte não se perca diante dos escândalos. Que saibamos reconhecer e preservar o que de melhor há em mais uma vida que se esvai aos 27.

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