A mão rouba não mais para comer, mas para alimentar aquilo que o faz morrer. A urgência está na saciedade e não mais na sobrevivência. A fuga é o melhor caminho, o prazer instantâneo. Somos caminhões que atropelam aquilo que se intromete no nosso caminho.
Família, amigos, mestres foram rebaixados de ícones à entraves. Eu sou senhor de mim. Como tal, agirei em prol de mim mesmo, não importando os outros. Dessa forma, cabe a mim decidir se espancarei um animal até a morte, estapearei meus professores, queimarei um mendigo na rua ou roubarei para comprar droga.
Esta é a realidade do mundo. A vida do outro não tem mais valor. Se no passado o meu direito terminava quando o do outro começava, atualmente o outro não tem direito algum. Individualismo e egocentrismo reinam. Matam-se pais, mães, irmãos. Elaboram-se planos de guerra visando lucros. Estimula-se a competição desenfreada e o consumismo. Aliás, o consumo é mais intenso do que a capacidade de reciclar. Não há espaço no mundo para tanto lixo.
Rios morrem, doenças proliferam. O câncer toma conta do mundo. Corrói todo o sistema, espalhando-se como um vírus do sistema operacional. Crianças, adolescentes, adultos, idosos. Não há quem esteja imune de tal mal.
As boas maneiras e o respeito mútuo estão mortos. Ou pelo menos agonizantes. E a vida está cada vez mais acelerada. Produção em massa, trabalho quantitativo, pouco descanso, fast food. Pouco tempo para comer, pouco tempo para viver.
Parem o mundo que eu quero descer!!!
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