quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O Suplício da Alma

E eis que em mim ele ressurge
O lado obscuro
O que de mim eu escondo
O meu submundo

O subterrâneo da minha alma
O sono profundo
A dor encarcerada
 O lago profundo

O corpo inerte não levanta
Os olhos fitam o nada
Das mãos trêmulas são escritas palavras
Palavras que a boca não profere

Eis-me aqui a pensar
Eis-me aqui sem sonhar
Eis-me aqui a morrer
Eis-me aqui a padecer

Não sou eu quem fala
É a angústia que em mim propaga
É a escuridão que me domina
Será está a minha sina?

A mão fere o corpo
A dor não é o maior suplício
A busca é por algo
Que me resgate do abismo

Não sou eu quem fala
É apenas uma parte de mim
A parte que se esconde
Entre os risos sem fim

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